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Da pastoral entrem contanto com o Escritório Paroquial
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A Pastoral da Criança é uma entidade social criada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB-, ligada à Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz. Ela exercita práticas referentes à saúde, à alimentação, à educação, à cidadania e à espiritualidade da faixa infantil que compõe os grupos mais miseráveis.
Os trabalhadores da Pastoral são voluntários; normalmente suas lideranças integram a comunidade na qual atuam, o que lhes permite conhecer mais intimamente a realidade familiar do ambiente em que residem e assim melhor orientar e auxiliar os que buscam ajuda junto a esta organização de cunho social.
As tarefas desenvolvidas pela Pastoral têm como objetivo atender às crianças carentes desde o momento da gestação até os seis anos de idade, zelando por uma existência qualitativa e pelo progresso pessoal de cada uma. As famílias também são assistidas em suas necessidades, na melhoria de suas condições, na compreensão de seus direitos e obrigações, na erradicação da violência dentro do lar.
A assistência à comunidade é de natureza ecumênica, sempre com a bandeira da prática do amor, da fraternidade e da paz. A intenção é sustentar também moralmente os membros das famílias pobres, para que elas possam melhor resolver suas dificuldades. Os dirigentes dos grupos são constantemente conduzidos pelo Guia do Líder da Pastoral da Criança.
A Pastoral nasceu da conjunção de esforços para diminuir cada vez mais a mortalidade infantil. O Cardeal de São Paulo em 1982, Dom Paulo Evaristo Arns, teve nesta época um encontro revelador com o então diretor executivo da UNICEF, James Grunt, quando ambos participavam de um encontro na Suíça, convocado pela ONU. James semeou no espírito do Cardeal a idéia que daria origem a esta entidade social.
Dom Paulo convidou sua irmã, a médica sanitarista Zilda Arns, morta no Haiti em 2010, vítima de um terremoto, quando tentava socorrer a população local, para levar adiante este objetivo, contando para isso com o suporte de Dom Geraldo Majella Agnelo, atualmente Arcebispo de Londrina. O projeto teve seu início na Paróquia de São João Batista, em 1983, na cidade de Florestópolis, no Paraná.
Esta localidade foi escolhida pela Pastoral porque nela era constatada então uma astronômica taxa de mortalidade infantil - 127 crianças em cada mil nascimentos. Um ano depois esta cifra já havia surpreendentemente diminuído para 28 crianças entre cada mil que nasciam.
Com este êxito completo, a atuação da Pastoral se disseminou para várias outras áreas do Brasil, com auxílio constante dos bispos. Hoje, uma média de 260.000 voluntários se empenham em contribuir para o crescimento qualitativo de pelo menos 1,8 milhões de crianças na faixa de 0 a seis anos; cerca de 94 mil mulheres grávidas integrantes de 42 mil grupos de famílias carentes, em cerca de 4.066 cidades por todo o país.